07.12.2017 - 10h16
 
Eternit paralisa atividade da Sama Mineração
 
Eternit paralisa atividade da Sama Mineração

A Eternit, proprietária da Sama Mineração, anunciou na última terça-feira (5) a paralisação das atividades da mineradora e da fabricante de telhas de fibrocimento, Precon Goiás. A decisão da Eternit acontece menos de uma semana depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) proibir o uso e comercialização de amianto crisotila no país, substância que é produzida pela Sama Mineração.

A companhia afirma que a paralisação ficará em vigor até uma decisão definitiva sobre a questão do amianto. "A Eternit acompanhará eventuais embargos de declaração que poderão ser opostos pela entidade representativa do setor para, posteriormente, se posicionar de forma definitiva sobre a consequência de tal decisão nas atividades da companhia", diz a empresa.

As outras unidades que fabricam telhas seguem operando normalmente, utilizando fibra sintética de polipropileno produzida pela unidade de Manaus.

A Eternit disse que vai esperar até a decisão final do STF, após eventuais recursos, para se posicionar de forma definitiva sobre a "consequência de tal decisão nas atividades" da empresa.

Na semana passada, o plenário do STF decidiu proibir a extração, industrialização e comercialização do amianto variedade crisotila, produto largamente utilizado no país na fabricação de produtos para construção civil como telhas e caixas d'água. Críticos ao uso do amianto alegam que o produto pode apresentar risco para a saúde humana, tendo até mesmo potencial cancerígeno.

Ainda na última semana, a Eternit informou que deixará de usar amianto na produção de telhas até dezembro de 2018. A companhia afirmou que vai substituir a utilização do amianto crisotila por fibras sintéticas, na produção de telhas de fibrocimento.

A produção de fibras de amianto crisotila, também chamado de asbesto branco, pela Sama continuará normalmente e, segundo a empresa, vem sendo gradualmente direcionada para o mercado externo, atendendo clientes em outros países que permitem o produto, como Alemanha, Estados Unidos e Índia, por exemplo. Com informações da agência de notícias Reuters.

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