Há a tese de que a PF já vinha monitorando Geddel e ela própria encontrou o mapa da mina. Mas nem Geddel e nem os amigos dele aceitam. Acham que há delator
Geddel sempre surpreendeu, na política e na vida. Inimigo histórico de ACM, aliou-se a Jaques Wagner e ajudou a derrubar o carlismo em 2006. Rompeu com Wagner e disputou o governo. Se ficasse, hoje seria senador na vaga de Walter Pinheiro. Perdeu.
Não só perdeu como levou para o cadafalso todo o time de deputados do partido, Marcelo Guimarães Filho, Colbert Martins e Cia. Mas continuou forte no PMDB.
Aliou-se a ACM Neto em 2012. Ganhou um pedaço. Disputou o Senado ao lado de Paulo Souto. Estava na oposição quando começou a ajudar a conspirar para Temer tomar o poder de Dilma. Venceu. Tornou-se ministro forte e por si, atropelou-se com o apartamento na Ladeira da Barra, caiu. E aí começou a sua desgraça.
Geddel voltou a surpreender o mundo político na semana passada, ao encaminhar, através dos seus advogados de defesa, um pedido ao ministro Edson Fachin, do STF: quer saber o número do telefone da pessoa que ligou para a PF informando sobre os R$ 51 milhões do apartamento na Graça. Ou seja, simplesmente quer saber quem o traiu.
Nas rodas de convivas de Geddel, as altas de Salvador, já há muito especulou-se sobre o possível informante e, partir de alguns humores ou derrapadas, produziu-se até alguns suspeitos.
Há a tese de que a PF já vinha monitorando Geddel e ela própria encontrou o mapa da mina. Mas nem Geddel e nem os amigos dele aceitam. Acham que há delator.
E agora Geddel vem com essa. Quer saber quem é. Ora bolas…
Por Levi Vasconcelos - Jornalista político, Diretor de Jornalismo do Bahia.ba, e titular da Coluna Tempo Presente do Jornal A Tarde.
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