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05.07.2012 - 20h25 Por Giselle Quintão - Assessoria de Comunicação da Prefeitura
 
2 de Julho em Caetité: Tradição Cultural e Cívica na Independência da Bahia
 
 
2 de Julho em Caetité: Tradição Cultural e Cívica na Independência da Bahia
Cabocla: símbolo maior do 2 de Julho: representa a conquista das tropas brasileiras sob as portuguesas
 

Desfile Cívico representou o sentimento cívico, reafirmou a identidade regional, ao mesmo tempo, que expressou a devoção popular

A Prefeitura Municipal de Caetité, através da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer e das demais secretarias municipais, realizou mais uma marcante festividade em comemoração à Independência da Bahia, abordando o tema “2 de Julho – Tradição em Movimento / Liberdade e Identidade”. A programação iniciou-se no dia primeiro de julho, com a Levada da Cabocla à Pedra do Conselho, que este ano contou com a participação do Grupo de Cavalgada Feminina. Em seguida, a Banda Valeu Boi se apresentou na Praça da Catedral. E no dia 2 de julho, já às 8 horas, Caetité foi palco de belíssimas manifestações culturais, apresentadas no tradicional Desfile Cívico que percorreu as ruas da cidade. Um grande público da cidade e região prestigiou uma verdadeira aula de cidadania, história e cultura, com total envolvimento e empenho dos participantes. É uma festa da coletividade, em que o sucesso advém visivelmente da união dos esforços.

O Desfile Cívico é realizado pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, juntamente com as demais secretarias municipais, cotando com a contribuição da Polícia Militar, dos Guardas Municipais de Trânsito, da imprensa local e regional (Rádio Educadora Santana, demais rádios e sites), com o apoio cultural da Renova Energia e do comércio local. Abrilhantaram o desfile, as Escolas Municipais, Grupos de Montaria, CETEP, DeMolays, Desbravadores, Escoteiros, Comunidades Quilombolas, Baianas do Bairro Rainha da Paz, Programas Sociais da Secretaria Municipal de Assistência Social, Fanfarras e Filarmônicas de Caetité e região. O evento contou também com a contribuição da igreja católica, organizações não governamentais, entidades e instituições do município e região.

Vale ressaltar a participação maciça dos Grupos de Montaria de Caetité durante o desfile. Foram 30 grupos, que colocaram, em média, 3 mil cavalos devidamente alinhados para o desfile, tornando o evento ainda mais bonito.

As passagens de cada bloco do desfile foram anunciadas pelos Mestres de Cerimônia Pedro Silva e Norma Ly e comentadas pela historiadora da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Laser, prof. Fernanda Oliveira. O evento foi encerrado com o Hasteamento das Bandeiras e o “TE DEUM”, na Praça da Catedral.

Na Bahia, somente os municípios de Salvador, Cachoeira e Caetité comemoram tradicionalmente a Independência da Bahia. Em Caetité, o evento acontece há mais de 180 anos e a comemoração de 2012 buscou representar o sentimento cívico, reafirmar a identidade regional construída pela diversidade étnica e cultural, ao mesmo tempo visou expressar a devoção popular; tudo isso ressaltando a liberdade - conquista que exige conhecimento, inclusão e moral.

Prefeitura de Caetité – Trabalho, Desenvolvimento e Valorização à Tradição Cultural

Um pouco da história

Sobre a Independência da Bahia

A Independência do Brasil guardou para a Bahia episódios bastante intensos. Aqui portugueses e brasileiros, em lados opostos, pegaram em armas para definir o futuro do Brasil. Em meados de 1822, a ruptura política já estava madura e apontaria para um conflito denso, depois de uma tentativa frustrada na capital – a Câmara de Santo Amaro proclamou o príncipe D. Pedro o Defensor Perpétuo do Brasil.

A partir daí, o confronto estava instalado. O lado baiano levou alguns meses para constituir uma força armada minimamente estruturada. Tal exército foi formado de tropas fugidas da capital, além de um grande número de voluntários avulsos, livres, libertos e até escravos, que fugiam para servir em prol da liberdade brasileira.

Do lado português, às tropas, foram acrescidas dos contingentes trazidos pelo General Madeira de Melo. Eram tropas melhor treinadas, com melhores armamentos, mas, com o avançar dos dias, foi perdendo a superioridade numérica inicial.

De 1822 a 1823, a guerra resumiu-se a poucas e ferozes tentativas portuguesas de furar o cerco contra Salvador. Do lado brasileiro, prevaleceu a estratégia de manter a cidade cercada, evitando o acesso dos portugueses a alimentos e munição, forçando-os à rendição.

Assim, as tropas brasileiras foram ganhando cada vez mais voluntários e territórios. Em julho de 1823, as últimas tropas portuguesas que resistiam se viram obrigadas a deixar a Bahia intimidada pela fome, falta de armamentos e pelas tropas brasileira fortalecidas pelos voluntários e, na manhã de 2 de julho de 1823, os brasileiros entram em Salvador e encontram a cidade vazia e silenciosa. Estava a Bahia e o Brasil livres, devendo agora lutar em favor de outras causas.

Sobre o 2 de Julho em Caetité

A data de 2 de julho de 1823 marca a separação definitiva do Brasil em relação a Portugal, conseguida a partir de muitas batalhas de brasileiros com as tropas portuguesas, que culminaram na expulsão dos lusitanos do nosso país e mais especificamente de Salvador.

Após as batalhas de 2 de julho, por questões políticas, o major Silva Castro, o Periquitão, líder dos Voluntários do Príncipe, que lutaram pela independência da Bahia, foi enviado para tomar conta das terras do sertão e, por esse motivo, mudou-se para o município de Caetité com toda a sua família. Neste contexto, inicia-se as comemorações de 2 de Julho em Caetité ainda na primeira metade do século XIX.

A festa começava no dia 30 de junho com o “Bando Anunciador”, grupo de pessoas que saiam pelas ruas cantando e anunciando o início do mês de julho e da data cívica de 2 de julho. No dia primeiro de julho, ocorria a levada da cabocla, símbolo maior da Festa de 2 de Julho, ao ponto mais alto da cidade, representando a conquista das tropas brasileiras sob as portuguesas. A festa terminava no dia 2, com o desfile cívico acompanhado por muitos cavaleiros, “Te Deum”, celebração da Igreja católica em ação de graças e outras atividades lúdicas e teatrais como corrida de argolinhas e a roubada da princesa.

Essa festa era realizada por festeiros que organizavam o evento num ano e passavam a bandeira para outra pessoa ou família que seria responsável no ano seguinte. Este modelo de organização permaneceu até o início do século XXI, quando a realização da festividade passou a ser de responsabilidade da Prefeitura Municipal.

São em média 180 anos de comemoração pela Independência da Bahia em Caetité, e a continua até os dias atuais e vem se transformando num dos maiores eventos cívicos e ao mesmo tempo populares do Estado da Bahia. É perceptível a mistura entre o cívico, o popular e o lúdico, uma das particularidades que destaca, cada vez mais, a festividade no cenário estadual, além da presença expressiva de boa parte da população da zona urbana e rural de Caetité e da participação de muitos municípios vizinhos durante as programações.

Fontes: Prof. Fernanda de Oliveira Matos – historiadora da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer e www.bv2dejulho.ba.gov.br/portal/

Opinião

- Falar do 2 de Julho é falar, sem dúvidas, do maior direito que uma pessoa e um povo pode ter: a liberdade. A opção de tornar-se brasileiro por meio do povo baiano em 1823, ainda está presente na representatividade trazida pelos Festejos de 2 de Julho. Esses festejos representam a confirmação desta identidade do ser brasileiro. Caetité se transforma, se enfeita, ao mesmo tempo em que enaltece o Patrimônio Histórico e Cultural do povo brasileiro, e, como tal, precisa ser mantido para que as tradições sejam levadas às novas gerações. (Prof. Nivaldo Osvaldo Dutra – UNEB – DCH - Campus - VI – Caetité)

 

 
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