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06.02.2013 - 11h34 Por Informações Facebook e Icaetité
 
Lavagem da Esquina do Padre: Organização responde a Crônica
 
 
Lavagem da Esquina do Padre: Organização responde a Crônica
Foto: Fábio Alves
 

A Organização da Lavagem da Esquina do Padre, depois de algumas tentativas de obter resposta junto ao site ICAETITÉ, publicou em seu Facebook resposta à crônica do Professor Fabiano Cotrim. “A cidade, a lavagem , os porcos” publicada no dia 14 de janeiro de 2013, no site www.icaetite.com.br.

Confira na íntegra:

A Organização da Lavagem da Esquina do Padre, depois de algumas tentativas de obter resposta junto ao site ICAETITÉ, publicamos abaixo a nossa resposta a crônica do Professor Fabiano Cotrim . “A cidade, a lavagem , os porcos” publicada no dia 14 de janeiro de 2013.

Vai entender cabeça de intelectual. Um dia escreve uma coisa e depois diz que não disse.

Em uma das edições da Lavagem apresentamos uma banda de samba reggae, no seu programa da Rádio Educadora Fabiano Cotrim fez críticas ao modelo da festa.. Identificamos a partir daí uma birra contra a Lavagem da Esquina do Padre no caso.

A Lavagem, sempre foi considerada por ele, uma festa soteropolitana demais, feita por “jovens burgueses”, levando a crer que essa festa não seria aceita por não ter traços da cultura da nossa cidade. Partindo desse pensamento o que deve achar o nosso querido professor sobre o Trio Giripoca? Marca dos carnavais antigos da nossa cidade. Existe invenção mais soteropolitana do que o trio elétrico? E do Boi de Idalino, peça folclórica trazida por seu Idalino de outras terras e dado prosseguimento por seu filho Idalininho? Pensando assim, não deveríamos mais considerar os Ternos de reis, o Bumba-meu-boi, as baianas e a capoeira como sendo uma manifestação cultural da nossa cidade? Então me diga professor, cultura na nossa cidade só deve ser levada em consideração ser for de DNA Caetiteense? Devemos desprezar qualquer outra forma de manifestação cultural por não ser nosso conterrâneo? Como disse, vai entender cabeça de intelectual...

Pensei que depois de 2007 essa rixa tinha ido por terra quando no mesmo programa da Rádio Educadora, a mesma pessoa que transforma a nossa Lavagem em comida para os porcos dizia em alto em bom som ... “ É um resgate ao passado, é uma afirmação da nossa identidade”.

Seguindo a crônica de 2007 e entrando no campo político, talvez esteja aí o motivo de tamanha ira contra a Lavagem, transcrevo aqui um parágrafo da referida crônica:

“A festa da Lavagem da Esquina do Padre, decreto agora sem pedir permissão a ninguém, é um patrimônio cultural da cidade cultura. Deve ser subvencionada pelos poderes públicos, não institucionalizada, mas subvencionada, que fique clara a diferença entre essas duas propostas. Vale a pena, é importante, pois se assim for o dinheiro público servirá para manter viva a própria essência da comunidade, a sua historia” .

O que foi feito com a edição da festa de 2013? Seguimos o seu conselho Mano e a Lavagem foi um sucesso. Acho que não precisamos mais de argumentos.

Qual, das duas crônicas, devemos levar em consideração? A de 2007 ou a última? Ou será nenhuma?

Até quando Caetité vai se apequenar e transformar tudo em questão política? Até quando devemos resistir a não sermos empurrados para uma das duas denominações políticas, mesmo quando o interesse coletivo seja maior? Talvez dessas questões apareça a resposta que tanto tem transformado a nossa cidade.

Acho que dessa vez o porcos se lambuzaram com a Lavagem, mesmo contra a sua vontade Professor.

Os porcos agradecem...


Veja Crônica - Por Fabiano Cotrim


A cidade, a lavagem, os porcos...



A cidade toda experimentando as agruras da absoluta falta de água e a Prefeitura alardeando como grande feito a realização de uma... lavagem! Certo que a intenção não é essa, mas que soa como uma ofensa aos que abrem a torneira e só escutam o barulho do vento, lá isto soa. Há que se denunciar, apesar das boas intenções de unir o carnaval que já não existe com a festa da esquina do Padre, em si uma boa idéia, mas que vem em má hora, uma vez que não é admissível gastar dinheiro público em festa quando não há água sequer para as mínimas necessidades humanas nesta terra de meu Deus.

Abro aqui um parágrafo estritamente semântico para meter a colher nesse angu e falar sobre o uso do termo “lavagem” por estas bandas. Aqui, nos vastos sertões, lavagem nunca teve outra acepção a não ser a de comida composta de restos de toda sorte que se misturam em uma vasilha para dar de comer aos porcos. Lavagem, no sentido de lavar, higienizar, é coisa de Salvador, a capital. Lá sim, o termo quer dizer exatamente isto: lavar ritualmente um local sagrado ou simbólico para a religião de origem africana. Aqui não, meu rei, aqui lavagem é comida para porcos e só. Observe bem e veja se encontra algum sertanejo autêntico dizendo que vai dar uma” lavagem lá em casa”, uma “lavagem no carro”... Por aqui, nesta região de água escassa, quem milagrosamente dispõe de água, quando vai lavar a casa ou o carro diz que vai dar uma lavada nisto ou naquilo. O sertanejo, a sertaneja, dizem que vão dar uma lavada na cabeça, jamais dirão que vão dar uma lavagem na cabeça, ou não é assim?

Retomemos o rumo da prosa para continuar analisando o que leva um Prefeito a sentir-se capaz de priorizar gastos com festas enquanto o povo passa sede e raiva por falta de água. Insensibilidade? Irresponsabilidade? Ou será que tem de ser assim, que o povo quer assim e acabou-se? Tenho para mim que é tudo uma questão de princípios. Se o Prefeito tiver efetivo compromisso com as questões sociais jamais fará uma escolha desse naipe. Primeiro a obrigação, depois a diversão, ensina-nos o velho ditado. E assim deveria pensar e agir suaincelença, o Prefeito. Mas qual o quê, aqui e em todos os lugares destes sertões sem fim o que se vê é sempre a milenar política do pão e do circo, ou melhor, do circo e do litro. A coisa tá feia? A seca tá braba? Então o Prefeito faz uma festa e estamos conversados. Muitos saem às ruas, bebem até cair, e todos dançam a feia dança da corrupção.

Sei não, mas aqui em Caetité, que apesar da falta crônica de água foi recentemente alçada à categoria de “cidade feliz” pela mídia oficial e seus cantores, acho que a ironia alcançou o seu ápice. É que sem a opção de lavar-se convenientemente como bem gosta o brasileiro, tomar banho várias vezes ao dia, manter a casa sempre limpa e lavada, enfim, usar a água para tirar todas as sujeiras do corpo e do ambiente, as pessoas estão ficando, a contra gosto, na marra, por não ter jeito, por ABSOLUTA FALTA D’ÁGUA,meio porquinhas. Vendo isto, sentindo isto, sua incelença deve ter então concluído, do alto da sua sabedoria e tão porcamente assessorado que é, que esse povo suado e grudento merece mesmo é receber... lavagem!



Crônica do Professor em de 2007 elogiando o evento

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